Reprodução da coletiva de imprensa/Governo de SP

Educação ainda não teve planejamento divulgado; municípios poderão retomar serviços por fases de gravidade do coronavírus

 

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (27) a retomada parcial de atividades no estado de São Paulo a partir de 1º de junho (segunda-feira), período que terá quarentena flexível por 15 dias. Cidades poderão, a partir de decretos de prefeitos, reabrir serviços de acordo com critérios estabelecidos pelo Centro de Contingência do Coronavírus, refletidos do Plano São Paulo, considerando capacidade do sistema de saúde municipal e evolução da doença localmente. A educação, no entanto, ainda está em fase de estudo, ou seja, não houve divulgação no que se refere à reabertura de escolas, cuja previsão inicial é para julho.

A taxa de transmissão da Covid-19 também é fator determinante para o afrouxamento da quarentena. Atualmente, a cidade de São Paulo tem taxa de 1, considerada ideal por especialistas para flexibilização do isolamento social; no estado, a taxa é de 1,5; e, no interior, de 1,7. Na capital, o crescimento de novos casos está em 3% e houve estabilidade no número de óbitos por dia. Hoje, o índice  de ocupação em leitos de UTI no município é de 85%.

Todo o estado ficará sob divisão de fases, que vão de 1 a 5, para funcionamento de serviços. Elas são divididas por cores (vermelha – alerta máximo, laranja – controle, amarela – flexibilização, verde – abertura parcial e azul – normal controlado) que indicam a gravidade da situação e os tipos de atividades que podem ser retomadas. A Fase 1 abrange indústria e construção civil; a 2, atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio e shoppings centers; a 3, bares, restaurantes e cabeleireiros; a 4, academias; e a 5, espaços públicos, teatros, cinemas, eventos com aglomeração, incluindo transporte. Cada região receberá nova classificação a cada 7 dias, com base nos indicadores de saúde.

A capital paulista está na Fase 2, assim como São José do Rio Preto, Araçatuba, Marília, Sorocaba, Taubaté, Campinas, Piracicaba, São João da Boa Vista, Ribeirão Preto e Franca. Estão na Fase 3 Presidente Prudente, Bauru, Araraquara, São Carlos e Barretos. A Grande SP, a Baixada Santista e região de Registro ainda estão na Fase 1, considerada a mais crítica (veja mapa abaixo).

O prefeito Bruno Covas (PSDB) reforçou medidas como uso obrigatório de máscara, atendida por 96% da população, monitoramento de pacientes com coronavírus e ampliação de testagem na cidade, o que, segundo ele, permite flexibilização parcial do isolamento social, de acordo com a Fase 2. Será condicionante manter uso de máscara, distanciamento social e desestímulo à circulação desnecessária de pessoas para reabertura de serviços. Caso os índices da doença piorem, o governo pode decretar lockdown (isolamento obrigatório).

As autoridades municipais devem divulgar detalhes de serviços que voltarão a funcionar, por meio de decretos municipais. Covas fará pronunciamento nesta quinta-feira (28) em relação à capital paulista.

VEJA O MAPA REGIONAL POR FASES

 

 
CRITÉRIOS PARA RETOMADA DE SERVIÇOS

> Capacidade do sistema de saúde: considera taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 na cidade;
> Evolução da doença: número de casos, número de internações e número de óbitos na cidade.