O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou, na sexta-feira (7), que criou um canal exclusivo para recebimento de informações de casos suspeitos de ataques a instituições de ensino. A plataforma foi desenvolvida pela pasta, em parceria com a SaferNet Brasil, e pode ser acessada por meio deste link.

A criação do canal de denúncias faz parte da Operação Escola Segura, uma mobilização em parceria com os estados para realizar ações preventivas e repressivas contra ataques nas instituições de ensino em todo o país. Segundo o governo federal, todos os conteúdos enviados serão mantidos sob sigilo. Os dados coletados através da plataforma devem ser analisados pela equipe do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diopi).

“O grupo agora conta com 50 policiais, que irão se dedicar nos próximos dias, exclusivamente e em regime de plantão 24 horas, ao monitoramento das ameaças contra escolas na internet”, diz a nota do Ministério da Justiça.

O ministro Flávio Dino se reuniu com representantes das empresas Meta, Kwai, Tik tok, Twitter, YouTube, Google e WhatsApp para debater ações de prevenção à violência nas escolas e cobrou monitoramento ativo das plataformas em relação a ameaças. As empresas serão notificadas formalmente nesta semana sobre os perfis e conteúdos suspeitos identificados pela pasta da Justiça em conjunto com as polícias dos estados, disse Dino.

Segundo o primeiro balanço da Operação Escola Segura, divulgado no domingo (9), 161 hashtags relacionadas a ataques contra escolas foram identificadas. Além das tags, foi encontrada uma conta conteúdo de incitação ao medo. O governo federal já solicitou a retirada dos respectivos conteúdos às plataformas. Recentemente, a ação já havia deflagrado mandados de busca e apreensão de sete armas, bem como a prisão de um suspeito.

Com informações da Agência Brasil