Pnad Contínua Educação 2019 mostra que taxa foi quase o triplo de pessoas brancas com 15 anos ou mais

Negros e pardos do Brasil apresentam analfabetismo quase três vezes maior do que brancos. É o que mostra a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua Educação 2019, divulgada nesta quarta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo os dados, no ano passado, 8,9% de pessoas pretas e pardas com 15 anos ou mais eram analfabetas, contra 3,6% de brancos, uma diferença de 5,3 pontos. Na faixa etária de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo dos brancos alcançou 9,5% e, entre as pessoas pretas ou pardas, chegou a 27,1%. O levantamento considera analfabetismo não saber ler ou escrever um texto simples, como um bilhete.

MAIS DA METADE DOS ANALFABETOS VIVE NA REGIÃO NORDESTE

A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais no Brasil ficou em 6,6% em 2019, o que corresponde a 11 milhões de pessoas. Mais da metade dos analfabetos (56,2% ou 6,2 milhões) vivia na região nordeste e 21,7% (2,4 milhões de pessoas) no sudeste. Em relação a 2018, houve uma redução de 0,2 ponto na taxa de analfabetismo, correspondendo a aproximadamente 200 mil analfabetos a menos em 2019.

Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa foi de 18,0%, o que corresponde a quase 6 milhões de pessoas.

Por sexo, na população de 15 anos ou mais, a taxa das mulheres ficou em 6,3% e dos homens, em 6,9%, tendo caído mais para as mulheres do que para os homens em relação a 2018: 0,3 ponto e 0,1 ponto, respectivamente. No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa foi igual para homens e mulheres (18,0%), se mantendo estável para os homens, mas caindo 1,1 para as mulheres.