Por Azuaite Martins França, 3º vice presidente do CPP
Um jovem congolês que há mais de 10 anos fugiu com a sua família para o Brasil, para escapar da violência da guerra civil tribal no seu país (que já custou a vida de milhares de pessoas), foi brutalmente assassinado no último dia 24 num quiosque na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro.
Tinha apenas 24 anos de idade e uma vida inteira pela frente foi interrompida, pelo preconceito de cor e condição social, que revela para todos nós o racismo estrutural e xenofobia presentes na sociedade brasileira.
Moisë fugiu da guerra civil para preservar a sua vida; veio para o Brasil sem saber que aqui no nosso país a violência urbana mata mais que qualquer outra guerra que se tenha notícia na atualidade. Para piorar, temos um presidente da república que incentiva o uso da violência como instrumento para resolução dos conflitos do cotidiano.
Quem tirou a vida de Moisë foi o seu antigo empregador e por motivo torpe. O jovem só queria receber o dinheiro pelos serviços prestados no quiosque em que trabalhava.
Temos que nos mobilizar para chamar a atenção de toda a sociedade, porque crimes desta natureza não podem passar impunes.
Violência gera violência. Justiça por Moisë Kabagambe.