Compreendidas as diferenças entre o Brasil e a Finlândia, podemos tomar este país nórdico como um bom exemplo de sistema educacional. Os professores das séries iniciais têm mestrado, os da educação infantil têm graduação e já está em curso política para que também façam mestrado. Não há escola particular, todas são públicas. Fé e confiança têm papel fundamental no sistema finlandês. O controle não motiva o professor a dar o melhor de si. São simples, pragmáticos, gostam de coisas simples. Em outras palavras, sistemas apostilados, que mediocrizam o o trabalho do professor, não cabem na Finlândia. Bem como programas de remuneração por mérito, tão defendidos no Brasil. Obviamente, é impossível implantar o modelo finlandês aqui.

Brasil e Finlândia são países muito diferentes. Mas, sem dúvida, a ex-colônia russa pode servir como exemplo em termos de trabalho pedagógico. E em remuneração dos professores. Mas quanto ganha o professor por lá? Em média, R$ 8 mil! Se não podemos ser a Finlândia, que o Brasil dê um passo decisivo rumo à educação pública de qualidade.

Ponto de vista de Antônio Dias Neme, professor aposentado e associado do Centro do Professorado Paulista (CPP),  capital.

SECOM/CPP