Uma aluna cadeirante, identificada como Geane da Silva Brito, de 20 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (26) durante um ataque a tiros a uma escola municipal em Barreiras, no oeste da Bahia. Um jovem invadiu o local com uma arma de fogo e um facão e atirou contra os alunos. Não há informações sobre a motivação do crime.

O atirador foi baleado e levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Geral do Oeste. Não há detalhes sobre o estado de saúde do jovem. Um dos estudantes, que estava no colégio na hora, contou o que viu. O menino entrou na escola vestido de preto, deu um tiro na porta, lá dentro [do colégio] deu outro tiro. Os alunos correram para a quadra, mas o instrutor mandou sair e ir para o fundo da escola, aí todo mundo arrodeou e conseguiu sair do colégio”, relatou o aluno.

Informações preliminares apuradas no local do crime pela equipe da TV Oeste, emissora da TV Bahia na cidade de Barreiras, apontam que o atirador estudava na escola, mas não frequentava as aulas. Não há informações sobre desde quando ele estava ausente das atividades escolares.

A Polícia Civil investiga algumas publicações em redes sociais atribuídas ao adolescente de 14 anos com discurso de ódio.

Em nota, a Prefeitura de Barreiras lamentou o caso e disse que a Secretaria de Educação e a Polícia Militar acompanham e oferecem apoio e assistência aos estudantes e seus familiares.

POSIÇÃO CPP

A professora Loretana Paolieri Pancera, presidente do Centro do Professorado Paulista, diz em nota que é lamentável esta atitude.

Infelizmente, a violência é um desses fenômenos que vêm se agravando aqui no Brasil. Agora que as aulas voltaram de forma presencial os casos acabam eclodindo dentro do espaço escolar. “Esse atirador demonstra uma agressividade que talvez já estava sentindo. Já se manifestava em outros contextos.”

Ela ressalta que esse ódio exacerbado precisa acabar, e que as escolas devem fazer acolhimento, integração entre família e escola. São ações que precisam caminhar de forma integrada. “Escola, família e sociedade precisam trabalhar para que consigamos implementar ações que atendam às necessidades. O CPP repudia qualquer atitude violenta”, finaliza a presidente da entidade.