A paixão do povo brasileiro pelo futebol é tão grande, tão passional, que quando a nossa seleção entra em campo tudo para – tudo fica estagnado – o país inteiro joga junto.

 

Não há dúvida de que o futebol é o esporte mais popular do planeta. Nenhum outro é tão amplamente massificado. Praticado nos cinco continentes, independentemente de posições políticas, religiosas, econômicas ou sociais, esse esporte faz parte do dia a dia de todos os povos.

 

Como importante agente de estímulo à criatividade, disciplina, sociabilidade, o futebol desde muito cedo desperta na criança a valorização e o respeito às diferenças individuais, o destaque à força coletiva, a construção de valores significativos no âmbito escolar, familiar e na comunidade como um todo.

 

Sendo assim, a Secom – Secretaria de Comunicação do Centro do Professorado Paulista – se propõe à apresentar aos educadores uma série de matérias com um material de apoio a ser aplicado em sala de aula a fim de estimular os alunos a pesquisarem e debaterem a respeito do assunto, no ano em que o Brasil sedia a Copa do Mundo.

 

Vamos começar pelo Museu do Futebol. A equipe da Secom viu que a frase do escritor e jornalista Nelson Rodrigues nunca teve tanto sentido como naquele lugar: “A seleção é a pátria de chuteiras”. Engana-se quem pensa que do Museu de Futebol é só para os fanáticos que entendem tudo do esporte bretão. É um lugar amplo, onde é exposta a riqueza cultural da nossa gente – onde se vê a genuína história de um povo contada a partir da chegada do futebol. Tudo detalhado por meio de uma tecnologia de ponta ao lado de peças autênticas, vindas do passado. Um acervo primoroso.

 

Gilberto Freyre dizia que o talento do povo brasileiro para o futebol vinha da grande miscigenação de raças que há por aqui. Deve ser. Já conquistamos cinco copas.

 

Não é difícil perceber a diversidade de gente que visita o museu no estádio Paulo Machado de Carvalho – o famoso Pacaembu, em São Paulo.

 

Kanira, uma professora de educação física da rede pública do Distrito Federal, junto aos três filhos e a irmã, estava ansiosa por contar aos seus 400 alunos tudo o que via no Museu do Futebol; “ tudo isso é incrível. Só lamento que haja pouca divulgação”.

 

Gabriel, um adolescente corintiano, que mora em Fortaleza, estava acompanhado pelas primas que vivem em São Paulo: “ Isso tudo mostra a história do futebol. Achei bem legal os jogos virtuais”.

 

Há uma área reservada às mais famosas locuções. O rádio foi um elo importante para a difusão nacional do futebol. Dá para conferir um gol histórico de Leônidas da Silva, narrado por Geraldo José de Almeida, em 1942. O entusiasmo de Osmar Santos num clássico Corinthians e Palmeiras, em 1979, e a voz de Ary Barroso, em 1941, emocionam muito. Há, também, vídeos surpreendentes como o do Lima Duarte narrando um jogo em 1957.

 

Os jogos interativos espalhados pelo museu atraem a garotada como açúcar. Daniela, Daniel, Bruno e Kogi Neto, uma família de Monte Alto, cidade na região de Ribeirão Preto, estavam maravilhados com a tecnologia.

Se tem um lugar que desperta a curiosidade de uma forma muito peculiar é a sala que conta a história de todas as Copas. Fantástica. O paulistano Leopoldo estava surpreso com os efeitos, junto ao amigo Julian, um espanhol que garante que a Copa, em 2014, continua da Espanha.

 

Percorrer o Museu do Futebol é visitar os corredores da história do Brasil a partir de 1894, quando um tal de Charles Miller retornou da Inglaterra com as primeiras bolas, uniformes e chuteiras. Ali nascia um esporte elitista que, aos poucos, se tornou sedutor, mestiço e popular. Uma paixão que faz com que a batida acelerada do coração do pobre e do rico, do branco e do negro, do brega e do elegante seja absolutamente igual – uma emoção que agrega todos os que fazem parte da nação brasileira unidos num só foco: gritar gollll!

 

Serviço:

 

Museu do Futebol

Praça Charles Miller, S/N – Estádio do Pacaembu

São Paulo – (11) 3664-3848

contato@museudofutebol.org.br

Preço: inteira R$ 6,00

meia: R$3,00

 

SECOM/CPP