Teoria da conspiração adotada pela pasta também gerou constrangimento
Um comunicado do Ministério da Educação (MEC), publicado na noite de ontem (30), virou piada e viralizou na internet devido aos erros de português, teoria conspiratória envolvendo o antigo serviço secreto comunista, a KGB, e críticas ao jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Gois denunciou a exclusão de vídeos que contavam a história de de personagens como Karl Marx, Friedrich Engels, Marilena Chauí, Antonio Gramsci e Friedrich Nietzche do site do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) em seu blog na última terça-feira (29).
Na nota, redigida em caixa-alta, o MEC afirma que o Ines abriu uma sindicância para investigar de quem é a “re-sponsabilidade” sobre o desaparecimento dos vídeos e que tomou a decisão de reinserir o material apagado da plataforma. O MEC também aponta que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, não está envolvido no caso.
Além dos pensadores alinhados com a esquerda, as buscas que envolvem os verbetes “LGBTs” e “feminismo”, por exemplo, também não retornam resultados.
O trecho mais constrangedor – e que gerou milhares de comentários e compartilhamentos na publicação, no entanto, está no terceiro parágrafo. O MEC associa a figura do jornalista com a de um agente da KGB, da antiga União Soviética, extinta em dezembro de 1991.
A publicação já passa de 11 mil comentários e 15 mil compartilhamentos. A grande maioria em tom de piada e constrangimento com o órgão. Há menções, por exemplo, à separação de sujeito e predicado com vírgula: “ao ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, que só assumiu o ministério, em janeiro deste ano”.
Veja o comunicado oficial:
Fonte: Paraná Portal (Uol)
Lamentável o que está ocorrendo em nosso país na área de educação.Primeiro desqualificam o professor chamando-o de doutrinador;depois inventam o ensino em casa (pais darão conta de 10 disciplinas diferentes?);querem tirar a educação sexual das escolas;incentivam filmagens e denúncias contra professores;Ministra de Educação alega existir ideologia de gênero nas escolas e reforça seu fundamentalismo cristão a todo momento (e a laicidade do estado?);retiram de acervos de pesquisa bibliografias e fontes que não condizem com seus preceitos.Controle,censura e retrocesso total.