Fotos: Leandro Silva

A frase é de uma aluna do Colégio UNIVAP, unidade Centro, em São José dos Campos, ao voltar de uma visita a um asilo. A escola, que completou cinquenta anos, dá total apoio às ações solidárias dos seus alunos.

Lá se vão 10 anos desde que uma turma tomou a iniciativa, junto à diretora Erica Reis Costa Carvalho, de formar o Grupo de Estudantes Solidários (GESOL), com o propósito de oferecer ajuda aos asilos e orfanatos da cidade. A escolha da entidade é feita no início de cada ano letivo por adolescentes entre 14 e 18 anos, alunos do ensino médio e técnico do colégio. 
 

Por seu elevado desempenho, o Colégio UNIVAP tornou-se um dos 10 finalistas do Prêmio Escola Voluntária, promovido pela Rádio Bandeirantes e Itaú Cultural, que valoriza as escolas que estimulam os alunos a desenvolverem projetos de atuação voluntária.

A equipe de comunicação do CPP visitou a Unidade Centro do Colégio UNIVAP no dia em que os alunos realizavam o Curso de Capacitação, ministrado pela repórter da Rádio Bandeirantes, Fernanda Albino, que orientou os alunos a produzirem uma reportagem acerca  do projeto “Unidos pela Vida”, que conscientiza a população a respeito da doação de medula óssea.
 

Na ocasião, a 1ª vice-presidente do Centro do Professorado Paulista, professora Loretana Paolieri Pancera, como componente da comissão julgadora, estava presente para conhecer a escola e os protagonistas do projeto. A diretora Erica explicou as diferentes ações  do GESOL (Grupo de Estudantes Solidários). “O Outubro Rosa começou quando uma funcionária daqui constatou que estava com câncer de mama. Os alunos propuseram-se a fazer algo.”
 

Então, começaram a campanha. Hoje, felizmente, a funcionária está bem. Mas ações continuam. Os alunos conseguiram parcerias, arrecadaram lenços para cabeça, chapéus, maquiagem, realizaram sessão de fotos e a criação de um book fotográfico, além de calendários para trabalhar a autoestima das portadoras de câncer de mama.
 

No projeto “Unidos pela Vida” os alunos voluntários conscientizam a população da importância da doação de medula óssea. Simultaneamente colhem assinaturas em um cadastro para que o REDOME (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea, que registra as informações de possíveis doadores de medula) possa ir até São José dos Campos coletar sangue para compatibilidade dos doadores. Para divulgar o projeto, os alunos contam com um stand, montado no Shopping Vale. “Todas  as vezes que saímos para uma ação social a visão que eles têm do mundo muda totalmente”, complementa a diretora Erica.
 

Isabella Franzone, do curso técnico de publicidade, aponta os benefícios desses projetos aos próprios alunos: “estou envolvida com o Outubro Rosa e com o Projeto da Medula. Vejo que meu tempo livre pode fazer toda a diferença ao ajudar outras pessoas”. 

 

O retorno do empenho dos alunos, professores e funcionários envolvidos nos projetos ultrapassa os limites da escola, como afirma a coordenadora Ana Paula Ziero. “Fiquei emocionada ao ouvir uma aluna relatar que, ao chegar de um asilo, levou sua experiência para dentro de casa e causou um grande impacto na família. Temos tido retorno desses esforços por meio de redes sociais, inclusive de pessoas que não fazem parte da escola, mas que se mobilizam em função de nossas campanhas pela cidade.”

 

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