A Constituição de 1988 completa 25 anos. Muito avançada para a época, até hoje consegue desafiar a realidade em que vivemos, especialmente na educação, que se mantém longe de avançar como o necessário.

Durante estes 25 anos a Constituição devolveu aos brasileiros a garantia dos seus direitos e dos deveres fundamentais à cidadania. Um deles é o acesso à uma educação com qualidade.

Uma recente pesquisa divulgou que o Brasil fica em penúltimo lugar em relação à valorização de seus professores.

As escolas da rede estadual de São Paulo deixam de ministrar, juntas, uma média de 1.032 aulas por dia devido à ausência de docentes efetivos e temporários. Tudo porque um salário vexatório multiplica o êxodo dos professores. Poucos professores não estáveis cobrem licenças temporárias. Alguns esperam. Muitos desistem da profissão.



Um déficit de 49.085 professores efetivos na rede de ensino assombra, e muito. Então, a Secretaria promove um concurso com 59 mil vagas disponíveis aos professores.

Há algo de muito errado na educação paulista. Não há dúvida. Por este motivo, o CPP não se cansa de lutar ao lado dessa categoria que não mede esforços para manter a dignidade dentro de uma sala de aula.

Em 19 de setembro de 2013, encaminhamos ao Governador Geraldo Alckmin, tópicos que externam a preocupação da entidade com a inquietante situação vivida pelos profissionais atuantes nas escolas da rede pública estadual.

No documento, chamamos a atenção para a acentuada migração de professores para outras áreas, devido à falta de atrativo,uma vez que, se não houver, além da defasagem do governo Serra, a urgente reposição da inflação, pois o atual governo só concedeu 2,1% diante do atual índice de 10,8%, a situação se tornará ainda mais insustentável.

É inconcebível considerarmos os 7% previstos só para julho de 2014 ( LC 1143/11).

O CPP tem uma responsabilidade imensurável diante de seus 120 mil associados. Mais uma vez, destacamos a necessidade emergencial em disponibilizar um piso condigno aos docentes estaduais baseado nos atuais R$ 2.600,00 oferecidos pela rede municipal paulistana.

Outro ponto importante a ser revertido é a o tratamento de PEB I e PEB II para Professor do Ensino Básico, adotando assim, uma única escala de vencimentos. Se a formação é igual, é justo que o salário também o seja.

Incluímos, em nossa reivindicação, o aumento dos rendimentos dos aposentados, não reconhecidos pelo Governo, e tão prejudicados com a implantação da LC836/97.

Na passagem do Dia do Professor, nós, do Centro do Professorado Paulista, reafirmamos a luta de 83 anos, ao lado do magistério – uma elite de guerreiros que encara todas as adversidades e ainda se mantém de pé, sem jamais abaixar a cabeça e sem perder a coragem.

A todos do magistério, os nossos sinceros parabéns!

Secom/CPP