Índices de isolamento sociais baixos e aumento expressivo de casos e mortes tornam reabertura do comércio não essencial incerta

 

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), diz que a cidade está mais próxima de medidas mais rígidas de quarentena do que de um afrouxamento. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, ele afirmou que, se o isolamento for mantido nos mesmos patamares baixos dos últimos dias, não há condições para a abertura de comércios e retomada das atividades.

 

Nesta quinta-feira (30), São Paulo atingiu o maior índice de congestionamento para o período da manhã nessas semanas de quarentena: 18 quilômetros às 8h30 de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). “Se a população manter esse número de isolamento vai ser muito difícil a gente ter essa previsão de retorno à normalidade”, afirmou.

 

A decisão sobre a prorrogação ou afrouxamento da quarentena será tomada no dia 8 de maio, última sexta-feira antes do prazo final do período de restrições no estado. Bruno Covas destaca que, desde a marca de mil óbitos pela Covid-19 na semana passada, já houve aumento de quase 50% do total de mortes.

 

A Rádio Bandeirantes apurou que, caso a prefeitura avalie a necessidade de reforçar bloqueios de vias, as intervenções seriam em mais de 10 avenidas, nos mesmos pontos onde acontecem desde o começo dessa semana medidas educativas. Por exemplo: Radial Leste, avenida Inajar de Souza, avenida Cupecê, estrada do M’Boi Mirim e avenida Eusébio Matoso.

 

O prefeito nega que a criação de um plano de flexibilização para o estado tenha ajudado a diminuir os níveis de isolamento e que há disposição para discutir as medidas adotadas em São Paulo com o governo federal. Segundo Covas, a prefeitura acertou o uso de UTIs de dois hospitais privados e há a possibilidade jurídica para a ocupação de espaços em outras unidades no caso de necessidade, mesmo sem a assinatura de contratos.
 

Fonte: Metrô Jornal