O segundo vice- presidente do CPP, professor Silvio dos Santos Martins, discorre sobre o novo plano de carreira para professores do ensino médio e fundamental, diretores e supervisores educacionais da rede pública paulista que será aplicado como plataforma politica pelo ex-secretário da educação, Rossieli Soares, agora candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados.

O professor fala, também, a respeito da nova titular da pasta, Renilda Peres e do piso salarial.

Sobre o novo plano de carreira: “Infelizmente não traz nenhum benefício ao magistério”
O plano de carreira, instituído pelo governo do estado de São Paulo, apresentado pela segunda vez, não atinge absolutamente os objetivos que seriam visados pela rede estadual de ensino.
Infelizmente, é um plano de carreira que não traz nenhuma vantagem ao magistério, uma vez que os pagamentos por subsídios serão dados apenas àqueles que irão ingressar na carreira agora. Observamos que temos mais um projeto que veio de cima para baixo, sem consulta alguma à rede, consequentemente, temos um plano que não atende nenhuma demanda do magistério. Acredito que é uma grande decepção para a rede estadual de ensino.

Sobre o piso: “O que temos é um achatamento”
O piso dado pelo Governo Federal seria atraente se não fosse abono, mas parte integrante do salário de todos. O que temos é um achatamento. Da maneira como está, pago como abono, trará um achatamento salarial para uma grande parte da categoria. O piso não incide sobre a sexta-parte e quinquênio daqueles que trabalharam por anos no magistério e os que conquistaram ao longo de sua vida profissional os adicionais por meio do tempo de serviço. A sexta parte, agora, deixa de ter validade. Além disso, não podemos esquecer que a paridade, que foi uma conquista, não repercute mais nada em termos de salário para os professores.

Sobre a expectativa da nova titular da Secretaria da Educação: “ Não existe “

Na verdade não acredito que exista expectativa a esse respeito. Primeiro, porque é um período curto. Segundo, porque vai atender ao governo do PSDB conforme aquelas características que foram adotadas por esse partido que dominou praticamente o estado de São Paulo desde 1995 e que acabou com a educação paulista.

Foto: Acervo do Instituo de Estudos Educacionais Sud Mennucci – CPP