Em ato contra o Plano de Cargos e Salário da categoria, na manhã de hoje, dia 1º, professores da rede pública do município do Rio de Janeiro entraram em confronto com a Polícia Militar (PM). O protesto reuniu centenas de educadores em greve no entorno da Câmara de Vereadores, e o clima foi de tensão depois que policiais montaram um cordão de isolamento ao redor da casa, liberando a passagem apenas para funcionários. Alguns manifestantes tentaram furar o bloqueio, o que iniciou o conflito.

 

Policiais militares jogaram bombas de efeito moral na direção da multidão, que reagiu em parte com lançamento de objetos nas vidraças do palácio. Além de professores, havia cerca de 50 integrantes do grupo Black Blocs, apontados pela PM como envolvidos nos atos violentos que ocorrem nos protestos desde junho pelo Brasil.

 

A manifestação de professores vem acontecendo há alguns dias no centro do Rio, e o cordão de policiais foi ordem do presidente da Câmara, Jorge Felipe (PMDB), que não concordou com a atitude dos professores na última quinta-feira, quando estes tomaram o espaço durante protesto. No final de semana, a cena de retirada dos professores do local acirrou os ânimos. Na noite de ontem, 30, também houve confronto, e oito pessoas foram detidas. Em função disso, o policiamento foi reforçado na manhã desta terça.

 

Os professores têm como objetivo pedir o cancelamento imediato do Plano de Cargos e Salário enviado pela prefeitura aos vereadores. No entanto, com 33 votos favoráveis, a Câmara aprovou, em primeira discussão, o projeto de cargos e remuneração de profissionais da rede municipal de ensino.

 

Foto: Pablo Vergara

 

SECOM/CPP