Cena de

Selecionamos três clássicos do cinema e um documentário sobre igualdade racial 

A morte de um homem preto por um policial branco nos Estados Unidos da América, no final de maio, sacudiu o país norte-americano com protestos por igualdade racial. O caso de George Floyd, de 46 anos, que teve o pescoço prensado por quase 10 minutos pelo joelho de um agente de segurança em Minneapolis, no estado de Minnesota, ganhou inclusive grande repercussão internacional. Diversos países registraram manifestações e homenagens ao americano, sepultado nesta semana (9).

O episódio de racismo, no entanto, não se restringe aos EUA. No Brasil, cuja maioria da população se declara negra (56,10%*), dezenas de casos ocorrem diariamente. Seja de forma velada, com ausência de pretos em posições de liderança — na política, por exemplo, pretos são apenas 24%* dos deputados federais —, seja de forma explícita, com maior incidência de violência policial e com pretos representando 60%* da população carcerária.

Na semana passada, brasileiros também foram às ruas em nome de Floyd e principalmente de pessoas que tiveram destino semelhante no país. Ágatha Félix, de apenas 8 anos, e João Pedro, de 14, ambos assassinados por policiais no Rio de Janeiro recentemente, foram lembrados nos manifestos do movimento “Vidas Negras Importam”. Além de pedido de justiça, fica o questionamento: por que há tamanha desigualdade de raça, especialmente contra a população negra, no Brasil e no mundo?

Para ajudar na compreensão do tema, o Portal CPP selecionou alguns clássicos do cinema e um documentário, já que o final de semana se aproxima e a dica da vez é mergulhar no universo cultural. Em quarentena, aliás, nada melhor do que uma boa sessão de cinema para amenizar o tédio de ficar em casa.

Ah! e não se esqueça: no Brasil, racismo é crime inafiançável e imprescritível, conforme artigo 5º da Constituição Federal.

* Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

 

 

 

 SELMA – UMA LUTA PELA IGUALDADE 

Diante de violentos ataques racistas, Martin Luther King Junior lidera um protesto no Alabama que culmina na marcha histórica da cidade de Selma a Montgomery. A trama se desenrola a partir do interesse da população negra pelo voto, uma vez que até então, em 1964, não tinham acesso aos cadernos eleitorais.
Disponível no Google Play

 

 

 

 

 

  

12 ANOS DE ESCRAVIDÃO

Vencedor de três Oscars, aborda a história real de Solomon Northup, um negro livre que foi raptado em 1841 e vendido como escravo. Com Chiwetel Ejiofor no papel principal.
Disponível na Netflix

 

 

 

 

 

 


RAÇA

Conta a história de Jesse Owens, corredor afro-americano que venceu as Olimpíadas de Berlim de 1936, contestando bem debaixo dos bigodes de Hitler a teoria nazista de supremacia branca.
Disponível no Google Play

 

 

 

 

 

 

 

13ª EMENDA (DOCUMENTÁRIO)

Estudiosos, ativistas e políticos analisam a correlação entre a criminalização da população negra dos EUA e o boom do sistema prisional do país.
Disponível na Netflix