Atualizado em 20 agosto, 2024 às 09:19

Foto: Bruno Amaral

O candidato à Prefeitura de São Paulo Altino Prazeres (PSTU) foi recebido (veja abaixo a íntegra da entrevista e a galeria de fotos), na noite desta quarta-feira (14), na Sede Central do CPP, em mais um encontro da série de sabatinas promovidas pela entidade com os postulantes ao Executivo paulistano para tratar de Educação municipal. Questionado pela entidade, o candidato, que é metroviário e sindicalista, disse que pretende descentralizar seu governo, por meio de conselhos populares, e acabar com as privatizações no ensino.

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“Precisamos de mais investimentos (na Educação), e nessa decisão de como serão as escolas, nada melhor do que conversar com os sindicatos ligados à Educação, associações, professores, com a comunidade escolar para ver a melhor forma. Muitas vezes, a gente vê mudanças, reformas nas escolas, e a comunidade não é ouvida. Nosso projeto é que a gente governe através de conselhos populares, ou seja, nós vamos conversar com docentes, com alunos, estimulando a criação de grêmios estudantis, com a comunidade, e eles vão decidir tudo no mundo da escola”, enfatizou.

“Por que o dinheiro que vai para a escola, os mais interessados não podem gerir, interferir no processo? Por que tem de ficar nas mãos de pouquíssimas pessoas que muitas vezes têm relações com empresas privadas?”, indagou Prazeres.

O candidato do PSTU disse, ainda, que, se eleito, pretende acabar com as privatizações na área da Educação. Ele citou a gestão de creches no município, falando em uma transição para que a administração, com a incorporação dos atuais funcionários terceirizados, volte para o poder público.

“Primeiro, deveríamos, no município, acabar com o mundo do mercado privado, que entrou, inclusive, na estrutura através das diversas organizações sociais, e vão desde as creches até diversos outros serviços (…) Ao invés de a gente enriquecer alguns grupos empresariais que estão consumindo boa parte dos recursos do município, estaríamos enriquecendo a sociedade. Nas creches, por exemplo, poderíamos fazer um processo de transição para que acabasse com esse projeto de entregar a maioria (da administração) para o setor privado. Fazendo uma transição para o setor público, isso poderia valorizar os salários, que são reduzidos para esses trabalhadores das creches. Os que ganham (atualmente) são as empresas que estão por trás dessas organizações, e muitas vezes a qualidade (oferecida) é bastante temerária”, salientou.

Além de ser questionado pela jornalista do CPP Simone Tortato, que mediou o encontro, Altino Prazeres também respondeu às perguntas elaboradas pelas jornalistas Elba Kriss, do SBT, e Laura Rachid, da Revista Educação. Os temas variaram de inclusão e Educação especial a escolas cívico-militares, passando por ensino integral, transporte escolar e fim da contribuição de aposentados e pensionistas servidores da rede pública municipal de ensino.