Atualizado em 30 agosto, 2024 às 11:55

Foto: Bruno Amaral

O candidato do PCO à Prefeitura de São Paulo, João Pimenta, foi sabatinado pelo CPP na noite desta terça-feira (27) (veja a íntegra e a galeria de imagens do encontro abaixo), na Sede Central da entidade. Para o candidato, que é jornalista e militante político estudantil, é preciso recuperar a parte do orçamento do município destinada ao pagamento da dívida pública para investir na valorização do professor e na Educação.

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“Sobre a questão da valorização (do professor), acho que um dos problemas fundamentais que a gente tem na questão do ensino é que, primeiro, por conta de anos e anos de política neoliberal, o orçamento do município, do estado e do governo federal, ele foi engolido pelo chamado pagamento da dívida pública, ou seja, (dinheiro que vai) para os bancos. Isso daí pressiona muito os funcionários públicos, e os professores são alvos frequentes. Primeira coisa é que nós precisamos recompor os salários dos professores. Valorizar o professor começa por pagá-lo de uma forma digna. Quando o professor faz greve, o pessoal fala ‘não, é categoria essencial e tal’. Mas o cidadão não é pago como categoria essencial, e isso precisa mudar”, salientou Pimenta.

“Segundo, nós precisamos recuperar o orçamento que foi sequestrado pelos bancos para poder melhorar a infraestrutura das escolas e diminuir a quantidade de alunos por sala. Isso daí, inclusive, vai ter de incluir a construção de mais escolas. Nenhuma dessas decisões (propostas concretas) e dos números, na minha opinião, podem ser apresentados de antemão. Eles têm de ser discutidos com as organizações de classe dos professores e com a comunidade escolar para encontrar a melhor solução”, acrescentou, quando questionado pela jornalista do CPP Simone Tortato sobre propostas para a valorização dos professores.

Sétimo convidado da série de sabatinas realizadas pelo CPP com os postulantes ao governo municipal, João Pimenta defendeu o nome de um sindicalista para ocupar a Secretaria da Educação e disse que a política, caso eleito, seja feita de baixo para cima.

“Uma das questões fundamentais que a gente tem apresentado na campanha é que nós acreditamos que a administração do poder público tem de ser feita diretamente pelas pessoas interessadas. Não consideramos eficiente e correto burocratas tomarem as decisões fundamentais relacionadas ao andamento do trabalho do Estado. Nossa política seria que a comunidade escolar, os professores, os funcionários, os alunos, na medida em que eles tenham idade para participar dos debates, os pais, eles participem desse processo e, no final, você tenha uma instância deliberativa que venha de baixo para cima, que tome as decisões fundamentais”, enfatizou o candidato do PCO.

João Pimenta também foi questionado pelos jornalistas Elba Kriss (SBT) e Rafael Burgos (UOL).