Atualizado em 29 agosto, 2024 às 03:01

Foto: Bruno Amaral

O candidato à Prefeitura de São Paulo Ricardo Senese (UP) foi sabatinado (veja abaixo a íntegra da conversa e a galeria de fotos), na noite desta terça-feira (20), na Sede Central do CPP, para falar de Educação municipal. Senese, que é metroviário e sindicalista, foi o sexto postulante ao Executivo municipal paulistano recebido pela entidade na série de sabatinas que acontecem desde julho.

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A ser questionado sobre propostas para a Educação; pela jornalista do CPP Simone Tortato, mediadora da sabatina; o candidato da Unidade Popular apontou como meta o combate à desigualdade social, não só especificamente para a área, mas também para outros setores, entre eles a segurança pública.

“Para nós, da Unidade Popular, a Educação é muito importante, uma prioridade. Pensamos a estruturação da Educação considerando o que nós estamos vivendo. É uma realidade que o nosso povo, a cada dia, sofre muito com a desigualdade social, com a miséria, a fome e o desemprego. E a Educação tem um papel (fundamental) nessa situação para que a gente possa evoluir enquanto sociedade e enquanto seres humanos”, enfatizou.

Ao criticar o modelo de escola cívico-militar adotado pelo governo do estado, e que pode chegar ao município, no que depender de alguns candidatos à Prefeitura de São Paulo, segundo o sabatinado, Senese voltou a falar em desigualdade social.

“Nós somos totalmente contrários (à escola cívico-militar). Nosso entendimento é que a Educação precisa de um outro aspecto. Ela precisa da comunidade escolar, da população discutindo, dos pais, das mães, de todos os professores, de todas as pessoas que trabalham na Educação, para ver como a gente melhora (…) Inclusive, a Polícia Militar tem uma relação muito ruim com a juventude negra na periferia (onde as escolas seriam instaladas). Todo mundo sabe a violência que vem se desenvolvendo ao longo do tempo. Outro fator que a gente está muito preocupado é de que o governador Tarcísio, inclusive, destinou 7 milhões (por ano) para pagar o valor para os policiais aposentados que vão vir para trabalhar como uma espécie de inspetores para controlar disciplina. No nosso entendimento, isso é muito injusto. O certo seria os professores receberem um valor, terem melhores condições salariais”, ressaltou o candidato.

“Essa situação da segurança pública é um dos temas principais da eleição. É algo que a gente tem de olhar com bastante importância. Tem de considerar tudo o que está acontecendo. Mas temos de olhar primeiro a situação da desigualdade. A desigualdade da cidade entra dentro da escola. Uma coisa está relacionada à outra. Precisamos de uma política que estruture a cidade para que a gente reduza a violência”, acrescentou.

Ricardo Senese também respondeu a perguntas dos jornalistas Rafael Burgos (UOL) e Elba Kriss (SBT) na sabatina.