Manter o equilíbrio durante a pandemia do coronavírus é tão importante quanto cuidar da saúde física, da higiene e do isolamento.

 
Todos nós estamos psiquicamente atingidos. A pressão de nos contaminarmos, de contaminar o outro, de morrer, de perder o emprego, de tomar decisões erradas para enfrentar o coronavírus pode gerar medo.

Precisamos temer o medo? O medo está inserido no nosso cotidiano mudando comportamentos e hábitos no indivíduo e na sociedade. Mas o medo é ambivalente; ao mesmo tempo em que nos impele a avançar, ele pode puxar para trás. Então, fique atento e não permita que o medo paralise você.

O medo tem várias fisionomias, uma delas é a ansiedade. A ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo que se caracteriza por tensão ou desconforto. Ela deriva da antecipação de perigo diante de algo desconhecido ou estranho, e com a pandemia, a ansiedade pode se manifestar. O isolamento social também pode ser um gatilho, porque é desconhecido para a maioria de nós, não está inscrito em nosso imaginário e não é da nossa cultura manter distância das pessoas.

O distanciamento físico, o medo de ser contaminado ou de contaminar o outro, o medo de morrer, a dúvida gerada pelas comunicações contraditórias sobre o vírus ou cuidados que devemos tomar, nos  atinge psiquicamente. Tudo isso provoca medo, ansiedade e incerteza.

A melhor arma para enfrentar esses sentimentos é buscar informações confiáveis sobre o assunto, acompanhar as descobertas, as novas orientações e incorporar no dia a dia atitudes positivas.

Colocar por escrito nossos pensamentos, por exemplo, pode ajudar a vencer a ansiedade e a tristeza. Entre outros benefícios, essa prática ordena as ideias e nos ajuda a tomar decisões e a minimizar o estresse.

Se você quiser, deixe uma sugestão do que fazer para “driblar” o isolamento.

Eduardo Viana Junqueira, psicólogo.