O secretário de Educação do Estado de São Paulo, José Renato Nalini, recebeu na tarde desta sexta-feira (3) a diretoria do CPP para discutir a reivindicação de reajuste salarial do magistério paulista. O encontro, agendado pela Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo (FESSP-ESP), teve participação da Apase e de outras instituições ligadas aos funcionalismo público. As entidades reforçaram a urgência de reposição salarial compatível com a inflação do período, índice de 16%.

O presidente José Maria Cancelliero exigiu do secretário uma solução para o problema do magistério, que completará dois anos sem reajuste no próximo mês. “Nossa categoria não suporta mais. É inadmissível que outros profissionais obtenham reajuste, e os professores, que são a base de instrução e desenvolvimento da sociedade, não. Queremos uma resposta imediata do governador.” A exigência foi defendida pelas vice-presidentes da entidade, Loretana Paolieri Pancera e Maria Lucia de Almeida.

Nalini disse compreender a legitimidade da causa, mencionando que tem solicitado atenção do governador Geraldo Alckmin. Segundo o secretário, o momento é difícil por causa da crise econômica, o que responde pela queda de arrecadação no estado, mas é preciso estudar uma saída. “O professor tem de ser valorizado. Minha função é essa, ou não faz sentido estar sentado aqui”, afirmou. Ele ressaltou que se mantém aberto ao diálogo e garantiu que tem levado a causa dos professores, insistentemente, ao chefe do executivo. 

A diretora-presidente do Sindicato dos Supervisores de Ensino do Magistério Oficial no Estado de São Paulo (Apase), Rosângela Chede, também cobrou resposta do secretário em relação ao reajuste, além de lembrá-lo da importância de realização de concursos públicos para Diretor de Escola e Supervisor de Ensino. Lineu Neves Mazan, presidente da FESSP-ESP, apoiou as reivindicações das entidades do magistério paulista.