Uma dela está com débitos pendentes há quatro meses e em outro caso o valor em aberto chega a R$ 60 mil 

Ao menos dois ambulatórios credenciados ao Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) suspenderam, neste mês, o atendimento de cardiologia em Santana, na Zona Norte, e Tatuapé, na Zona Leste, alegando falta de repasse da instituição neste segundo semestre. Em algumas, o débito pendente chega a R$ 60 mil. Nas clínicas em que o atendimento aos conveniados do instituto ainda persiste, o paciente só consegue marcar consulta médica para janeiro. Isso porque houve aumento na procura. “Como alguns locais estão deixando de atender, a nossa demanda cresceu muito”, explicou uma funcionária do ambulatório “Sanpa Cor”, no Tatuapé. Lá os pagamentos também estão irregulares.

 

Ao contrário da unidade vizinha, a conveniada Gpac Serviços, também no bairro da Zona Leste, optou por cessar os atendimentos dos pacientes vinculados ao Hospital do Servidor Público Estadual depois de não receber a terceira parcela de um acordo dos débitos atrasados.

 

“Os pagamentos de agosto e setembro foram feitos, mas no mês de outubro o Iamspe deixou de repassar a parcela de R$ 60 mil, por isso a clínica optou por não agendar mais as consultas desses pacientes”, disse uma funcionária do ambulatório. Os servidores que decidirem passar por uma consulta médica no local terão de desembolsar R$ 80 pelo atendimento particular.

 

A mesma proposta é feita aos beneficiários do convênio médico exclusivo dos servidores do estado na Clínica Borges, em Santana. Lá, a consulta com o cardiologista custa R$ 100 e, segundo o jornal Diário de São Paulo, o ambulatório não recebe pagamento desde julho.

 

O Iamspe nega que a clínica Borges, credenciada desde 2012, não esteja recebendo os pagamentos das consultas médicas realizadas. De acordo  como o hospital, apenas este ano foram repassados cerca de R$ 190 mil ao local.

 

Secom/CPP