Em função da Copa do Mundo no Brasil, as escolas estaduais começaram as atividades mais cedo neste ano. A ideia é boa. Dessa forma, os alunos e os professores poderão entrar em férias durante os jogos.

 

Só que, nesta semana, várias escolas da rede estadual estavam sem professores para ministrar aulas. Os alunos tiveram que voltar para casa.

 

O problema acontece porque o governo do Estado tem 61,8 mil professores temporários,  nessas condições (de um total de 242 mil).

 

Pelo contrato de trabalho, após o último dia do ano letivo, em dezembro passado, esses temporários precisam ficar de quarentena, que existe para o funcionário não criar vínculos. Com essa medida, o Estado, ao que tudo indica, não consegue preencher todas as salas, uma vez que a quarentena só termina na semana que vem.

 

Os alunos, no entanto, não têm nada a ver com as dificuldades do Estado.  Se não houver professor, a qualidade de ensino ficará ainda mais comprometida.

 

Vale lembrar que, nos países mais desenvolvidos, é mais do que evidente de que uma boa educação é fundamental para o desenvolvimento do seu povo.

A educação é o melhor caminho para alguém subir de vida. O Estado não deveria olhar com pouco caso para essa área tão importante.

 

O Brasil quer crescer. Não dá mais para ser apenas o país do futebol.

 

Editorial desta sexta-feira do jornal Agora São Paulo

SECOM/CPP