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Funcionários mais novos, de áreas administrativas, querem trabalhar de casa temendo coronavírus

 

Os servidores públicos do estado de São Paulo que queixam de que o governo estadual mantém em trabalho presencial funcionários que poderiam fazer home office. A categoria teme o avanço do coronavírus entre o funcionalismo. O trabalho a distância foi determinado por meio de decreto do governador João Doria (PSDB), publicado no Diário Oficial do estado na terça-feira (17), mas só vale para servidores que têm mais de 60 anos, gestantes, portadores de doenças respiratórias crônicas, de cardiopatias, diabetes, hipertensão e outros problemas que debilitam o sistema imunológico.

 

O decreto 64.864 diz ainda quais são os órgãos que não podem ter o trabalho remoto, por se tratar de atividades consideradas essenciais. Não está permitido o home office nas secretarias de Saúde, Segurança Pública e Administração Penitenciária, além de Fundação Casa, Iamspe, Metrô, CPTM, EMTU e Sabesp.

 

A publicação afirma ainda que as normas específicas para o trabalho a distância serão definidas por cada orgão que poderá editar resolução, portaria ou ato direto do dirigente máximo. Há ainda outras medidas para evitar que o coronavírus se alastre. Dentre elas estão a concessão de férias e licenças para quem tem direito, além da interrupção das aulas aos poucos. A partir de segunda-feira (23), as escolas param totalmente.

 

O Sispesp (Sindicato dos Funcionários Públicos de São Paulo) diz que vai encaminhar ofício ao governo estadual pedindo que algumas atividades de áreas do serviço público paulista que não sejam as prioritárias sejam proteladas ou feitas de casa. A ideia é a adiar o que pode ser feito depois e colocar em casa o maior número possível de servidores em trabalho a distância.

 

Em nota, o governo do estado afirma que “as decisões do Comitê Extraordinário Administrativo do Governo de São Paulo são pautadas pelos critérios técnicos do Centro de Contingência ao coronavírus”. A nota diz ainda que, “até o momento, foi identificada a necessidade de teletrabalho para servidores estaduais com idade a partir de 60 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas, hipertensos e pacientes com baixa resistência imunológica”.

 

Fonte: Agora São Paulo