Não é boa ideia aposentar a tradicional escrita à mão, com lápis e caderno, como ferramenta didática. Estudos recentes mostram que tanto as crianças que estão sendo alfabetizadas quanto adultos podem ter vantagens no aprendizado quando colocam as palavras no papel, à maneira antiga.

 

No caso dos pequenos, traçar as letras com lápis e caneta parece ser uma ginástica mental mais poderosa do que simplesmente procurá-las num teclado, além de potencializar o aprendizado do vocabulário e ser mais útil contra problemas como a dislexia. Para os jovens, anotações feitas em cadernos têm mais potencial para ajudá-los a fixar o conteúdo da aula.

 

Num estudo publicado na revista científica “Trends in Neuroscience and Education”, pesquisadoras observaram o que acontece no cérebro de crianças com idades  entre quatro e cinco anos que estavam começando a ler. As imagens de ressonância deram uma ideia sobre o grau de ativação de cada região do cérebro das crianças.

 

Para os autores, os achados apoiam a hipótese de que a escrita tradicional ajudaria o desenvolvimento mental infantil, em especial na capacidade de abstração.

 

O resultado desse processo pode ser percebido também em alunos de universidades.

Secom/CPP