Atualizado em 02 abril, 2024 às 10:18

Foto: Leila Ofélia

O jornal Folha de São Paulo, em matéria publicada nesta quarta-feira (27) sobre o um ano do ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro, relata que as professoras Ana Célia Rosa, de 59 anos, e Rita Reis, de 68, vitimadas no atentado, ainda não obtiveram respaldo algum por parte do governo do estado de São Paulo. Além da falta de atendimento psicológico, ambas também admitem dificuldades financeiras (acesse aqui para ler a íntegra da matéria), pois eram professoras temporárias – a exemplo da professora Elisabeth Tenreiro, morta na ocasião – e sequer foram indenizadas financeiramente.

Na reportagem, Ana Célia, que é professora de História (atualmente desempregada) e foi atacada pelo adolescente autor do atentado com sete facadas, diz que para sobreviver vende, há três meses, Tupperware e bolo de pote. Ela prestou, no ano passado, o concurso da Seduc para o preenchimento de vagas efetivas, mas não foi aprovada. A professora teve boa pontuação na parte objetiva e escrita da prova, mas não foi bem na videoaula e acabou, infelizmente, eliminada por falta de familiaridade com a tecnologia.

Já a professora Rita Reis não conseguiu voltar para a sala de aula em razão de problemas psicológicos que desenvolveu após o ataque. Ela não pôde trocar de cargo tampouco se aposentar.

O CPP estuda propor a criação de um fórum amplo para discutir a violência nas escolas e suas consequências com a participação de integrantes da comunidade escolar e de toda a sociedade civil.