Um estudo realizado pelo Instituto Locomotiva divulgado nesta quarta-feira (18) mostra que metade dos professores da rede pública do estado de São Paulo afirma já ter sofrido algum tipo de violência dentro da escola. Elaborada a pedido da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a pesquisa apresenta índices preocupantes para a educação paulista.

De acordo com o levantamento “Qualidade da educação e violência”, 54% dos professores já sofreram violência no último ano. Em 2017, esse índice era de 51%; em 2014, 44%, o que mostra crescimento de casos na rede de ensino. 

Agressão verbal é o caso mais frequente nos relatos (48%), seguido por assédio moral (20%) e bullying (16%). Outros 8% disseram ter sido vítimas de furto ou roubo, e 5% de agressão física. 

O estudo também ouviu a população e estudantes do estado. Da população, 77% disseram já ter ouvido falar de algum caso de violência na escola pública. Entre os estudantes, o índice atinge 81%.

Os jovens também responderam se foram vítimas de violência no último ano. Metade (48%) afirmou que sim. Em 2017, eram 39%; em 2014, 28%.

PODER PÚBLICO

 
Em relação ao governo, 95% da população de São Paulo acredita que o poder Executivo estadual deveria das mais condições de segurança nas escolas. A percepção é quase unânime entre professores (99%) e estudantes (98%).
 

O estudo ouviu 701 professores e 1 mil estudantes da rede estadual entre os dias 5 de setembro e 1º de outubro de 2019, abrangendo os 12 meses anteriores.