Atualizado em 18 agosto, 2023 às 12:15
O governo de São Paulo recuou da decisão de abandonar o material do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) do Ministério da Educação (MEC). O anúncio foi feito à imprensa por volta das 21h desta quarta-feira (16), segundo matéria do UOL (leia aqui), após a Justiça de São Paulo, atendendo a uma ação popular, conceder uma liminar que suspendia a decisão da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc) de não aderir ao PNLD.
Ainda de acordo com o UOL, a gestão do governador Tarcísio de Freitas havia enviado, às 18h, um ofício ao MEC pedindo para voltar ao programa.
No início de agosto, o governo anunciou que abriria mão dos livros do MEC, gratuitos, e usaria, a partir de 2024, material próprio 100% digital, com slides, para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio.
A recusa do governo paulista ao PNLD rendeu uma série de críticas de entidades representativas de profissionais da Educação, entre elas o CPP, e de outros setores da sociedade e culminou com a entrada de ações na Justiça para suspender a decisão da Seduc. O Ministério Público também apura conflito de interesses no episódio.
O que diz a Seduc sobre o episódio do livro didático
Em nota, a Seduc informou que, após o recuo, os “alunos terão à disposição tanto o material baseado no Currículo Paulista quanto os livros didáticos fornecidos pelo MEC (Ministério da Educação)”.
“A decisão de permanecer no programa no próximo ano se deu a partir da escuta e do diálogo com a sociedade, que resultou no entendimento de que mais esclarecimentos precisam ser prestados antes de que a mudança seja efetivada”, diz um trecho da nota.
“A Secretaria acredita que o mais importante agora é planejar 2024 com foco no alinhamento desses materiais, buscando a coerência pedagógica, a qualidade no conteúdo das aulas ministradas e estabelecendo amplo diálogo para aperfeiçoar o trabalho dos professores”, complementa.
Governo cancela compra de obras digitais
Na mesma quarta-feira (16), em nota, a Seduc informou que cancelou a compra de obras digitais, por meio de rescisão de contrato com a empresa responsável.
“A FDE (Fundação para Desenvolvimento da Educação) rescindiu o contrato com a empresa Primasoft (plataforma Odilo), bem como cancelou a autorização de contratação da empresa Bookwire para adequação de diretrizes do Projeto LeiaSP. A decisão, sem ônus ao erário estadual, se dá por orientação da Secretaria da Educação”, afirma o texto.
Quem sabe o material do governo estadual fosse melhor do que o PNLD? Deveríamos primeiro analisar o que era proposto para depois agir
Os livros do PNDL são de ótima qualidade e a intenção do atual governador e secretário da educação era promover um desmanche educacional arquitetado no então governo temer( em minúscula mesmo) derivação de temeroso. Contra fatos não há argumentos.
As crianças precisam de livros elas nao tem internet disponivel em casa
Obrigado por fornecer insights tão valiosos de maneira tão clara e concisa. … Att, Assistir Online