Dá para imaginar a memória da capital paulista sem o empenho do magistério público? A chegada do Covid-19 trouxe aos professores problemas, medo e restrições. Mas a coragem e a responsabilidade os impediram de vacilar.
Quem diria que a caipirinha foi criada como “remédio” da gripe espanhola?
Mas assim aconteceu. A população de São Paulo começou a tomar limão, cachaça, mel e alho. O povo gostou tanto que com o tempo o alho foi substituído pelo gelo e o mel, por açúcar. Hoje, além de brasileiríssima, a bebida é famosa mundo afora.
Voltemos para 1918. O terror era a Gripe Espanhola que matou cerca de um terço das pessoas do planeta. Veja as notícias:
“Só na minha escola, mais de 35 professores não têm podido dar as suas aulas por motivo de saúde”, disse o senador Mendes de Almeida (MA).
“Em todo o Brasil, os hospitais estão abarrotados. As escolas mandaram os alunos para casa. Os bondes estão quase vazios. Das alfaiatarias às quitandas, das lojas de tecido às barbearias, o comércio todo baixou as portas — à exceção das farmácias”.
Para celebrar os 467 anos de São Paulo o Centro do Professorado Paulista convidou três professores para contar como é se deixar envolver completamente com o magistério:
O Professor de história, Arnaldo Carreto, da E.E. Alexandre de Gusmão, no Ipiranga, declarou: “O que me manteve em pé durante todo esse tempo foi o amor à profissão. A vontade de servir ao Brasil mesmo nesses tempos de pandemia. Tenho certeza que foi esse o sentimento que moveu meus colegas lá no início do século XX com a gripe espanhola.”
Renata Cristina Marques Branco Caetano contou sua experiência: “Sou professora da rede estadual de São Paulo desde 2004. Faço parte da E.E. Júlio Maia e representante de escola junto ao CPP. Acredito que os desafios encontrados pelos professores na gripe espanhola e na Covid-19 são bem parecidos. Nós, professores, tivemos que nos reinventar. Uns ajudam aos outros, mas ninguém desiste. Precisamos mostrar para a família que a educação não acontece só dentro da escola e como é importante participar desse processo com os filhos. Foi um 2020 muito difícil e acho que 2021 também será. Mas tenho amor à minha profissão e não vou deixar que nada me abale. Temos que ter fé para conquistar bons resultados. Acredito que tudo isso fez com que a gente crescesse profissionalmente e, principalmente, que acreditássemos em nós mesmos”.
A professora aposentada Narzira Nogueira, de 75 anos, fez magistério e pedagogia pela prefeitura de São Paulo. Começou a estudar e a trabalhar no município paulista após a separação. “Não foi fácil fazer o magistério. Precisei retomar os estudos depois de muitos anos. Mas na verdade, aprendi a ensinar. Nos dias atuais, com essa pandemia, creio que não será fácil aos professores voltar às aulas presenciais. Todos estão com receio devido ao contágio. Os alunos voltarão com um ritmo diferente de suas casas. Mas eu desejo que tudo corra bem, aos alunos e aos professores”.
Fontes: AtaNews e Desafios da Educação
A professora Renata é super dedicada. Um exemplo. ???
Parabéns ao magistério paulista!!????????????
Excelente matéria!
Sobre a famosa caipirinha, com certeza muita gente não sabia de sua origem.
Parabéns!
Parabéns aos profissionais da Educação ??❤️ e Bela cidade São Paulo.